O presidente da Malaysia Airlines, companhia aérea do voo MH-370 que desapareceu na Ásia em 8 de março com 239 pessoas a bordo, disse em entrevista exclusiva à BBC que a empresa 'não está escondendo nada' sobre o voo e que seu possível afastamento do cargo é uma 'decisão pessoal' que será decidida 'depois'.
Ahmad Jauhari Yahya disse que não deixará o cargo agora pois 'há coisas a serem feitas' e qualificou de injustas as dúvidas levantadas por familiares dos passageiros de que as autoridades malaias, e ele próprio, não estão divulgando todas as informações sobre o desaparecimento.
'Nós estamos fazendo tudo que podemos, dentro das nossas possibilidade, para ajudá-los', disse, se referindo aos parentes dos passageiros.
E ressaltou: 'É importante lembrar que em incidentes como esse há sempre pistas, e nesse caso, não tivemos nenhuma até, provavelmente, a noite passada (segunda-feira)'.
Em coletiva realizada na segunda-feira, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que uma análise de dados de satélite confirma que o avião da Malaysia Airlines caiu em águas remotas do Oceano Índico, no oeste da Austrália.
'É com grande tristeza e pesar que eu tenho que informar a vocês que, de acordo com novos dados, o voo MH370 chegou a seu fim no sul do Oceano Índico', disse Razak.
O pronunciamento foi feito cinco dias depois terem sido iniciadas buscas na região. 'É uma localização remota, longe de qualquer lugar possível de aterrissar', explicou o primeiro-ministro.
Nesta terça-feira, as buscas pelo avião da Malaysia Airlines no Oceano Índico foram suspensas devido ao mau tempo.
A Autoridade de Segurança Marítima na Austrália (Amsa, na sigla em inglês), que está comandando as buscas, disse que fortes ventos e chuva impedem aviões de voar com segurança.
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