quarta-feira, 11 de junho de 2014

Vírus chikungunya se propaga de forma rápida pelo Caribe

Foto de 15 de maio mostra a garota Karla Sepulveda, de 5 anos, que foi infectada pelo vírus chikungunya, em hospital da cidade de Boca Chica, na República Dominicana (Foto: AP Photo/Ezequiel Abiu Lopez)Hospitais e clínicas por todo o Caribe estão recebendo milhares de pessoas com os mesmos sintomas: fortes dores de cabeça, febre alta e tanta dor nas articulações que elas mal conseguem andar ou usar as mãos. O quadro é provocado pelo vírus chikungunya, que está se espalhando rapidamente pelos mosquitos nas ilhas da região, segundo a agência Associated Press. O primeiro caso transmitido na região foi confirmado em dezembro.
"Você sente nos seus ossos, nos dedos e nas mãos. É como se tudo estivesse se despedaçando", disse Sahira Francisco, de 34 anos, à agência Associated Press enquanto ela e sua filha esperavam atendimento em um hospital em San Cristobal, uma cidade no sul da República Dominicana onde muitos casos foram registrados nos últimos dias.
Surtos de infecções pelo vírus têm afetado a população da África e da Ásia há muito tempo. Mas ele é novo no Caribe, onde o primeiro caso foi registrado em dezembro, provavelmente trazido por um viajante. Autoridades de saúde locais estão trabalhando agora para educar a população sobre a doença, acabar com os mosquitos e lidar com os casos existentes.O nome chikungunya é derivado de uma palavra africana que pode ser traduzida como "contorcido de dor". Apesar de o vírus raramente ser fatal, ele é extremamente debilitante. "É terrível, eu nunca tive em toda a minha vida uma doença desse tipo", disse Maria Norde, uma mulher de 66 anos confinada a uma cama na sua casa na ilha de Dominica. "Todas as minhas articulações estão doendo."
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirma que há na região mais de 55 mil casos, entre suspeitos e confirmados, desde dezembro. O vírus também atingiu a Guiana Francesa, onde ocorreu a primeira transmissão confirmada na América do Sul continental.
Segundo a Opas, sete pessoas com o chikungunya já morreram, mas elas podem ter tido outros problemas de saúde que contribuíram para esse desfecho.
"Os números estão aumentando como uma bola de neve por causa das constantes movimentações de pessoas", disse Jacqueline Medina, especialista do Instituto Tecnológico, na República Dominicana, onde alguns hospitais reportaram mais de 100 novos casos por dia.
O vírus é transmitido por duas espécies de mosquito, o Aedes aegypti, que também transmite a dengue, e o Aedes albopictus. É comum que ele seja transmitido por viajantes. Ele pode se espalhar para uma nova área se alguém tem o vírus circulando em seu sistema em um período que vai de 2 a 3 dias antes do início dos sintomas até 5 dias depois.
Durante anos, houve relatos de casos esporádicos de viajantes diagnosticados com chikungunya, mas sem transmissão local. Em 2007, houve um surto no norte da Itália, então autoridades de saúde previram que era apenas uma questão de tempo até o vírus se espalhar para o ocidente, segundo o médico Roger Nasci, dos Centros para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos.
De 60% a 90% das pessoas infectadas apresentam sintomas. Em comparação, apenas 20% dos infectados por dengue têm sintomas. A boa notícia é que existe apenas um tipo de chikungunya, ao contrário da dengue, que tem quatro subtipos. Uma vez que a pessoa é infectada e pelo chikungunya e se recupera, ela se torna imune à doença.
No Brasil
Por enquanto, o Brasil só registrou casos importados de chikungunya, ou seja, pessoas que foram infectadas fora do país. Mas o surgimento de casos no Caribe e também na Guiana Francesa, que faz fronteira com o Amapá, deixou pesquisadores brasileiros em alerta. Para eles, o risco de transmissão da doença aqui é real.
Autoridades de saúde de Roraima e do Amapá estão atentas ao risco da chegada do vírus no país. No Amapá, uma visita de uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde está prevista para traçar medidas de prevenção do vírus.

Conhecendo Países #2 - Guiana Francesa


Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França na costa atlântica da América do Sul. Ocupa uma superfície com cerca de 91 000 km2, limitada ao norte pelo Oceano Atlântico, a leste e a sul pelo Brasil (estado do Amapá) e a oeste pelo Suriname. Sua capital e principal cidade é Caiena (Cayenne). O idioma oficial é o francês, mas também fala-se o dialeto taki-taki, das comunidades negras, várias línguas ameríndias e as das minorias imigradas. A religião católica predomina.

Colônia francesa até 1946, desde então a Guiana Francesa é um departamento ultramarino francês. Como parte integral da República Francesa, a Guiana Francesa é representada no Senado e na Assembleia Nacional da França, seus cidadãos participam das eleições para presidente da República Francesa. Como parcela do território francês tanto quanto as partes da República Francesa localizadas no continente europeu, a Guiana Francesa é considerada parte da União Europeia, e a moeda local é o Euro.

Vicente Yáñez Pinzón foi o primeiro explorador da costa das Guianas, em 1500. Iludidos pela mítica cidade do ouro (Eldorado), numerosos aventureiros buscaram inutilmente fortuna na região. Comerciantes franceses abriram um centro comercial em Sinnamary, em 1624, e outro em Caiena, fundada em 1637.

Depois, Caiena foi tomada pelos holandeses que, expulsos em 1664, voltaram a assentar-se em 1676. O Tratado de Breda, de 1667, legitimou a posse do território pela França, e o Tratado de Utrecht fixou as fronteiras com o Brasil em 1713. Os jesuítas foram expulsos em 1762, o que provocou a dispersão dos índios que viviam nas missões. Na expedição colonizadora de Kourou (de 1763 a 1765), morreram cerca de 14 000 pessoas, a maioria europeus. A revolução francesa pouco repercutiu na colônia, onde a escravidão foi abolida em 1794 e restabelecida em 1802. Em 1809, a Guiana, a começar por Caiena, foi ocupada pela tropas luso-brasileiras, e devolvida em 1817.
A abolição definitiva da escravatura, em 1848, arruinou as plantações, situação agravada com o descobrimento de jazidas de ouro em 1855, pois a escassa mão-de-obra abandonou a agricultura. Entre 1852 e 1939, mais de setenta mil franceses foram deportados e confinados nas penitenciárias. De 1852 a 1858, os presos deportados da França eram transportados para as ilhas da salvação (Saint Joseph, Royale e do Diabo) e para os campos de trabalho forçado em Kourou e outros espalhados pelo território. O presídio de Saint Laurent du Maroni estabeleceu-se em 1858.O problema dos limites com o Brasil foi resolvido definitivamente quando o barão do Rio Branco provou que "o rio de Vicente Pinzón", delimitador da fronteira, era o Oiapoque.

economia da Guiana Francesa é baseada principalmente na pesca e na extração mineral, principalmenteaurífera. O departamento registra notável imigração ilegal, principalmente de brasileiros, haitianos, surinameses, atraídos pela possibilidade de obter renda em Euros.

Na segunda metade do século XX, a Guiana Francesa desenvolveu uma economia florescente, estimulada pela atividade no centro espacial de Kourou, conhecida por hospedar a base de lançamento de foguetes e satélites da Agência Espacial Europeia (ESA). O aluguel da base de lançamento rende dividendos à administração local.

Centro Espacial de Kourou, construído a partir de 1968 pela Agência Espacial Europeia, contribuiu decisivamente para o desenvolvimento econômico da Guiana Francesa, não só por gerar empregos, mas também por introduzir tecnologia de ponta e informática à região. O sistema de transportes concentra-se no litoral. Há um aeroporto internacional em Rochambeau, perto de Caiena.

O programa denominado Plan Vert (Plano Verde) objetiva desenvolver a agricultura, a pecuária e a exploração florestal, e se baseia na imigração de colonos franceses. A pesca, principalmente de camarões, cresceu a partir de meados do século XX. As exportações incluem açúcar, mandioca, coco, banana, rum e madeira. A Guiana Francesa explora seus recursos minerais, sobretudo ouro e bauxita.

Sua população é de cerca de 200 000 habitantes (Dados de 2006). A idade média não passa dos 58 anos.
A maioria da população é constituída pelos crioulos ou mulatos, como resultado da contínua mestiçagem dos grupos procedentes da Europa, da Ásia e África, assim como de outras partes da América do Sul. Os índios, reduzidos a pequenas tribos, vivem na costa (caribes, aruaques e palicurs) e no interior (wayanas, oiampis e emérilons). Nas proximidades do Rio Maroni, descendentes de escravos foragidos no século XVIII conservaram seu modo de vida africano.


Tem clima equatorial de montanha (clima que se caracteriza por sua maior facilidade de percepção das estações, diferenciando-se assim do clima equatorial comum). A temperatura tem uma variação pequena, chegando a 303.15K (30ºC) e 298.15K (25ºC) no verão e no inverno respectivamente. A Chuva ocorre nesse território durante todo o ano (mais frequentemente no verão), mas diferentemente do clima equatorial comum, que tem em média 3 100 mm/ano, com esse clima equatorial de montanha, vê-se apenas 1 200 mm/ano (um volume bem menor).

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